BEGONIACEAE

Begonia curtii L.B.Sm. & B.G.Schub.

Como citar:

Julia Caram Sfair; Tainan Messina. 2012. Begonia curtii (BEGONIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

VU

EOO:

20.772,714 Km2

AOO:

52,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie ocorre nos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro (Jacques, 2012).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Julia Caram Sfair
Revisor: Tainan Messina
Critério: A2c;B1ab(iii)
Categoria: VU
Justificativa:

<i>Begonia curtii</i> é uma espécie herbácea ou subarbustiva encontrada principalmente no Estado do Espírito Santo, mas com ocorrência também em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. Tem uma distribuição bastante restrita (EOO = 18005,52 Km²), sendo encontrada em uma região sob intensa pressão antrópica. O Estado do Espírito Santo, por exemplo, perdeu cerca de 90% de vegetação até 2011, de maneira que se suspeita que a população dessa espécie seja severamente fragmentada. Suspeita-se também que a redução populacional da espécie tenha sido maior do que 30% nos últimos 15 anos (considerando tempo de geração de cinco anos para a espécie).

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita originalmente em J. Wash. Acad. Sci. 45: 114 1955.A espécie é uma ervasemi-heliófila que se diferencia das demais espécies do gênero Begonia de Minas Gerais, pelos caulesenvolvidos por estípulas grandes, persistentes e venosas, com ápice retuso epelo revestimento dos pecíolos. B. curtii é bastante semelhante a B. venosa Skan ex J.D. Hooker,principalmente por compartilharem as estípulas grandes, persitentes e venosas,entretanto, nesta última espécie, as estípulas se diferenciam pelo ápiceoblongo a arredondado e por outras características morfológicas, tais como orevestimento das folhas, as placentas partidas e as cápsulas com alasrudimentares (Feliciano 2009). No Estado do Espírito Santo a espécieassemelha-se a B. lossiae L.Kollmann diferindo-se por apresentar portesubarbustivo, tamanho das estípulas (3,5 a 7 cm) e das folhas (10-20 cm)(Kollmann 2012).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Ocorre Floresta Ombrófila e em afloramentos rochosos com matas úmidas próximas (Labiak, 4210 UPCB; Leoni, 4332 SP).
Habitats: 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane
Detalhes: Espécie herbácea a subarbustiva, monóica, com registro de floração em janeiro, maio, setembro e dezembro (Kollmann, 11480 RB; Brade, 19873 SP; Alves, 360 RB; Pereira, 2241 RB) e de frutificação em janeiro e julho (Kollmann, 11480 RB; Martinelli, 609 RB), ocorre em Floresta Ombrófila e em afloramentos rochosos próximo a matas úmidas (Jacques, 2012; Labiak, 4210 UPCB; Leoni, 4332 SP).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Agriculture
A Mata Atlântica vemsofrendo ao longo dos anos intensa retirada de cobertura vegetal nativa,degradação do solo e introdução de espécies exóticas, visando a utilizaçãodestas áreas para plantios e pastagens (Young, 2005).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.2 National level on going
Considerada "Em perigo" (EN) pela Lista vermelha da flora do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
A espécie apresenta registros de ocorrência no Parque Estadual do Forno Grande, Espírito Santo (Kollmann, 3153, 3175, 8914, 9125 HSJRP; Labiak, 4210 HSJRP) e na Reserva Biológica da Praia do Sul, Rio de Janeiro (Alves, 360 RB).